segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Heitor o domador de cavalos...

Na mitologia Grega, Heitor (ou Hector) era um príncipe de Tróia e um dos maiores guerreiros na Guerra de Tróia, suplantada apenas por Aquiles. Era filho de Príamo e de Hécuba. Com sua esposa, Andrómaca, foi pai de Astíanax.
Como o seu pai foi incapaz de combater, durante o cerco de Tróia feito pelos Aqueus,
devido à sua avançada idade, Heitor foi nomeado general das tropas
troianas. A sua força, coragem e eficiência na guerra foram enormes:
nos poemas épicos de Homero,
Heitor é responsável pela morte de 28 heróis Gregos; nem Aquiles obtém
um número tão grande (24 heróis Troianos caídos a seus pés). Pela voz
do Destino, os Troianos estavam informados que as muralhas de Tróia
nunca cairiam enquanto Heitor se mantivesse vivo.
Na Ilíada,
Homero chama-o de "domador de cavalos", devido a preocupações de
métrica e porque, de modo geral, Tróia era conhecida por ser criadora
de cavalos. Na narrativa da Ilíada, no entanto, Heitor nunca é visto com cavalos. Outro epíteto que lhe é característico é "o do elmo flamejante".
Heitor contrasta fortemente com Aquiles. Se por um lado Aquiles foi
essencialmente um homem de guerra, Heitor representa Tróia e aquilo por
que esta lutava. Alguns estudiosos têm vindo a sugerir que é Heitor, e
não Aquiles, o verdadeiro herói da Ilíada. A sua repreensão a Polidamante, dizendo-lhe que lutar pela pátria era o primeiro e único presságio, tornou-se provérbica para os patriotas Gregos.
É por ele que podemos ver pormenores sobre como seria a vida em Tróia,
em tempo de paz, e noutros sítios de civilização mediterrânica da Idade do Bronze descrita por Homero. Na Ilíada, a cena em que Heitor se despede da sua esposa Andrómaca e do seu filho é particularmente comovente.
Durante a Guerra de Tróia, Heitor matou Protesilau e foi ferido por Ájax. Nos quadros de guerra descritos na Ilíada,
ele luta com muitos dos guerreiros Gregos e normalmente (mas nem
sempre) consegue matá-los ou feri-los. Quando, sob a assistência de Apolo, ele mata Pátroclo e desbarata todo o exército grego, parece que se chegou a um ponto de viragem no decorrer da guerra.
No entanto, o destino pessoal de Heitor, decretado por Zeus
no início da história, nunca está em dúvida. Aquiles, irado pela morte
do seu amigo Pátroclo, mata Heitor e arrasta o seu cadáver à volta das
muralhas de Tróia. Finalmente, por intervenção de Hermes,
Príamo convence Aquiles a permitir que o seu corpo seja recuperado de
modo a prestarem-lhe cerimónias fúnebres. O último episódio da Ilíada é o funeral de Heitor, depois do qual a perdição de Tróia é uma questão de tempo.
No saque final a Tróia, como é descrito no Canto II da Eneida,
o seu pai e muitos dos seus irmãos são mortos, o seu filho é atirado do
cimo das muralhas, por medo que este vingue a morte do seu pai, e a sua
esposa é transportada por Neoptólemo para viver como escrava.

Aquiles, o maior dos guerreiros


A antiga e rica lenda de Aquiles ilustra a
assertiva de que "os eleitos dos deuses morrem jovens", já que o herói
preferiu uma vida gloriosa e breve a uma existência longa, mas
rotineira e apagada.
Aquiles era filho de Tétis (a ninfa marinha, e não a deusa do oceano) e
de Peleu, rei dos mirmidões da Tessália. Ao nascer, a mãe o mergulhou
no Estige, o rio infernal, para torná-lo invulnerável. Mas a água não
lhe chegou ao calcanhar, pelo qual ela o segurava, e que assim se
tornou seu ponto fraco
- o proverbial "calcanhar de Aquiles". Segundo uma das lendas, Tétis
fez Aquiles ser criado como menina na corte de Licomedes, na ilha de
Ciros, para mantê-lo a salvo de uma profecia que o condenava a morrer
jovem no campo de batalha.
Ulisses, sabedor de que só com sua ajuda venceria a guerra de
Tróia, recorreu a um ardil para identificá-lo entre as moças.
Aquiles, resoluto, marchou com os gregos sobre Tróia. No décimo ano de luta, capturou a jovem Briseida, que lhe foi tomada por
Agamenon,
chefe supremo dos gregos. Ofendido, Aquiles retirou-se da guerra. Mas
persuadiram-no a ceder a seu amigo Pátroclo a armadura que usava.
Pátroclo foi morto por Heitor, filho do rei de Tróia, Príamo.
Sedento de vingança, Aquiles reconciliou-se com Agamenon. De armadura
nova, retornou à luta, matou Heitor e arrastou seu cadáver em torno da
sepultura de Pátroclo. Pouco depois, Páris, irmão de Heitor, lançou
contra Aquiles uma flecha envenenada; dirigida por
Apolo, atingiu-lhe o calcanhar e matou-o.
As proezas de Aquiles e muitos temas correlatos foram desenvolvidos na
Ilíada, de
Homero, que relata a guerra de Tróia. O cadáver de Aquiles, segundo a versão mais comum, foi enterrado no Helesponto junto ao de
Pátroclo.Origem
Aquiles era filho de Peleu, rei dos mirmidões na Tessália, e da ninfa Tétis. Zeus e Posídon levaram-na até um oráculo que viu na sua mão
que ela teria um filho que seria maior que o próprio pai, e por isso
resolveu dá-lo a outra pessoa. De acordo com a lenda, Tétis tentou
tornar Aquiles invencível mergulhando-o no rio Estige. Porém, ao mergulhá-lo, segurou-o pelo tendão de um dos calcanhares (o tendão de Aquiles). Assim, esta parte ficou vulnerável, podendo levá-lo à morte. Essa versão parece ser recente: não é conhecida de Homero, nem mencionada por Ovídio.
Na versão original, é a armadura de Aquiles que é invulnerável, sendo a
parte do calcanhar naturalmente desprotegida. Posteriormente a história
se desenvolveu por metonímia, transformado-se o corpo todo do herói em invulnerável, o que faz pouco sentido no contexto da lenda.
Um oráculo disse que, se Aquiles fosse a Tróia, morreria lá. Sua mãe escondeu-o na corte de Licomedes em Scyrus disfarçado de mulher. Lá teve um romance com Deidamia resultando numa criança, Neoptolemo. Foi descoberto pelo rei Odisseu de Ítaca disfarçado de vendedor ambulante de bugigangas e armamentos. Foi desmascarado por um toque de trombeta quando se viu compelido a não se acovardar e tomar a lança de um atacante. Daí precisou de pouca coisa para decidir ir a Tróia.
A guerra
Aquiles derrota Heitor
Aquiles é uma das duas únicas pessoas na Ilíada descritas como semelhante a um deus,
não só pela sua capacidade superior de luta mas pela atitude. Mostrava
uma completa e total devoção pela excelência de sua arte e, como um
deus, nenhum respeito pela vida. Seu modo de pensar era com relação se
a morte fosse rápida desde que gloriosa e não como qualquer morte. Sua
cólera era absoluta. A humanização de Aquiles nos episódios da guerra é
o tema de Ilíada.
Orientado por Agamemnon, líder dos gregos fora de Tróia, Aquiles se recusa a lutar e a guerra começa a favorecer Tróia. Pátroclo, um amigo, veste a armadura de Aquiles para dar novo ânimo aos gregos, mas é derrotado pelo príncipe Heitor de Tróia. Enfurecido, Aquiles retorna à luta, mata Heitor e arrasta seu corpo pela cidade.
Imediatamente após a morte de Heitor, Aquiles derrotou Memnon da Etiópia e a amazona Pentesiléia.
Morte
Ajax carrega o corpo de Aquiles nos ombros, protegido por Hermes (à esquerda) e Atena (à direita)
Segundo a versão mais autorizada, Páris, guiado por Apolo, acerta o calcanhar de Aquiles com uma flecha envenenada e o grande guerreiro morre em combate. De acordo com outra versão, entretanto, o herói morreu com uma punhalada
nas costas quando visitava uma princesa troiana, com quem iria se
casar, e que conhecera quando Príamo fora reclamar o corpo de Heitor, o
que não condiz com o relato homérico. Ambas as versões negam ao matador
qualquer valor e mostram que Aquiles não foi derrotado no campo de
batalha, mas morto à traição. Seus ossos foram misturados aos de Pátroclo e juntos foram enterrados. Uma luta por causa de sua armadura ocasionou a morte de Ajax.
Na Odisséia,
também de Homero, há uma passagem onde Odisseu navega para o mundo
inferior e conversa com as almas. Uma delas é Aquiles que,
cumprimentado como abençoado na vida e abençoando na morte, responde
que preferia ser um escravo do que estar morto. É interpretado como uma
rejeição à vida de guerreiro e à indignidade pelo seu martírio
desprezado.
O rei Pirro de Épiro reclama ser descendente de Aquiles através de seu filho. Também Alexandre III da Macedónia, tendo por mãe a princesa epirota Olímpia,
reclama sua descendência e de muitas formas aspira a ser como seu
grande ancestral; diz ter visitado sua tumba quando esteve em Tróia.
Aquiles foi cultuado como um deus do mar em muitas colônias do mar Morto.

domingo, 18 de outubro de 2009

A lenda de Enéias


Enéias, herói troiano, segundo a lenda filho do mortal Anquises e da deusa grega Afrodite, ou Vênus seu nome latino.
Após a queda de Troia, Enéias reuniu seus sobreviventes e fugiu em uma jornada de muitas adversidades, até que por fim chegaram ao rio Tibre. Latino, rei dos habitantes desta região, os recebeu cordialmente. Alguns anos antes Latino recebera uma professia que dizia que sua filha, Lavínia, seria desposada por um estrageiro, que viria de muito longe, este daria a Latino descendência e elevaria seu nome como nome de uma nação.


Lavínia, porém, era noiva de Turno, rei dos rútulos, que ao saber da chegada de Enéias, protamente lhe prestou combate. Enéias e os troianos, receberam apoio dos súditos de Latino, venceram em batalha os Rútulos. Enéias matou Turno, casou-se com Lavínia e sucedeu ao rei Latino, morto em combate, e conforme a professia governou o povo que veio a se chamar Latino.

Romulo & Remulo


Segunda a lenda, Rômulo e Remo, irmãos gêmeos eram filhos do deus grego Ares, ou Marte seu nome latino, e da mortal Réia Sílvia filha de Numitor, rei de Alba Longa. Quando adulto Remo se indispôs com pastores vizinhos, estes o tomaram e levaram a presença do rei Amúlio que o encarcerou. Fáustulo revelou a Rômulo as circunstâncias de seu nascimento, este foi ao palácio e libertou ao irmão, matou Amúlio e libertou seu avô Numitor. Numitor recompensou os netos dando-lhes direito de fundar uma cidade junto ao rio Tibre. Os dois consultaram os presságios e seguiram até a região destinada a construção da cidade. Remo dirigiu-se ao Aventino e viu seis abutres sobrevoando o monte. Rômulo indo ao Palatino, avistou doze aves, fez então um sulco por volta da colina, demarcando o Pomerium, recinto sagrado da nova cidade. Remo, enciumado por não ser o escolhido, escarneceu do irmão e, num salto, atravessou o sulco sendo morto por Rômulo, que o enterrou no Aventino.

Rômulo, após a fundação da cidade, preocupou-se em povoá-la. Criou o Capitólio um refugio para todos os banidos, devedores e assassinos da redondeza. A notícia da nova cidade se espalhou e os primeiros habitantes foram chegando, principalmente Latinos e Sabinos. Rômulo, após longa batalha com os Sabinos, firmou acordo com Tito Tácio, seu rei e com este reinou sob uma só nação na grande cidade de Roma.

Atribui-se também a Rômulo a instituição do Senado e das Cúrias.